Ela era uma cabra, sempre foi uma cabra. Era psicótica, obcecada, neurótica, alimentava-se da minha energia. Consumiu-me até ao limite, estilhaçou a minha alegria, fez-me acreditar que eu era como ela... "diferente". Eu não era diferente, eu não queria ser diferente. Eu não queria experimentar, não queria a merda que me deste a ler, não queria ver. Não te queria ouvir, não queria saber dos teus problemas, das tuas depressões, dos teus olhos verdes-água crucificando tudo e todos. Eu era comos os outros, era normal. Porquê??? Ela convenceu-me que era preciso ser diferente. Que eles, "os homens", eram todos iguais, todos uns cabrões... e eu nunca acreditei nisso. Eu lutei contra ela, contra o ódio, contra o rancor. Lutei, lutei, lutei, até cair no chão. Desisti, experimentei. Como ela. Afinal, eles não eram mesmo todos iguais... E agora, ao fim de todos estes anos, descobri que, de tão diferente que eras, passaste a ser igual aos outros. Com os teus sorrisinhos e o teu...