“ (…) Despeço-me do que mais quero, só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã” Susana Félix, “Flutuo” Eles … e eu. Enfiada, voluntariamente, a um canto. Se me considero diferente? Sim, sou arrogante e presunçosa o suficiente para isso! Se calhar, não sou assim tão diferente. Se calhar, também quero o que eles têm (e eu não). Quero o namorado, ali, certinho, garantido. Giro, mas não demasiado. Que me ofereça flores, que diga que sou bonita e me fite com olhos de carneiro mal morto. Quero o carro, as calças Levi’s (38, no máximo… queria tanto ser uma miúda normal!), as mamas maiores, o rabo mais pequeno. Os fins-de-semana românticos (turismo rural no Alentejo ou no Gerês, muito in !), dormir aconchegadinhos durante a semana (sexo moderado, porque no dia seguinte há trabalho), conversar sobre tudo e sobre nada, passear no shopping , ir para casa às duas da manhã, menear reprovadoramente a cabeça perante solteironas insaciáveis… Eu quero isso tudo… porque não o tenho. É tu...
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