“ (…) Despeço-me do que mais quero, só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã” Susana Félix, “Flutuo” Eles … e eu. Enfiada, voluntariamente, a um canto. Se me considero diferente? Sim, sou arrogante e presunçosa o suficiente para isso! Se calhar, não sou assim tão diferente. Se calhar, também quero o que eles têm (e eu não). Quero o namorado, ali, certinho, garantido. Giro, mas não demasiado. Que me ofereça flores, que diga que sou bonita e me fite com olhos de carneiro mal morto. Quero o carro, as calças Levi’s (38, no máximo… queria tanto ser uma miúda normal!), as mamas maiores, o rabo mais pequeno. Os fins-de-semana românticos (turismo rural no Alentejo ou no Gerês, muito in !), dormir aconchegadinhos durante a semana (sexo moderado, porque no dia seguinte há trabalho), conversar sobre tudo e sobre nada, passear no shopping , ir para casa às duas da manhã, menear reprovadoramente a cabeça perante solteironas insaciáveis… Eu quero isso tudo… porque não o tenho. É tu...
Enfado. aborrecimento. Rotina. Silêncio. Luz. Ninguém sabe, ninguém diz, ninguém fala. Paredes meias com a verdade, com o 'sim', com o mundo. Perto de alguém sem rosto, sem corpo, que nunca chega. Perto de um destino, próximo inalcançável. Toco, pontas dos dedos roçam em ti... Que não és. Estúpidas ilusões de infância, estúpidos contos de fadas, estúpidos romances de cordel, estúpida esperança, estúpido encanto. Estúpida alma, estúpidas fadas, e que estúpida, tão estúpida sou eu. Por crer. Acreditar.
"State of Play" ("Ligações Perigosas") é um hino ao jornalismo, uma obra-prima, genial na abordagem do conflito entre a liberdade de imprensa, os interesses económicos e políticos. Absolutamente fabuloso e imperdível.
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