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A mostrar mensagens de 2008

O que é o Natal?

Há uma criança a caminho,a primeira na família em quase duas décadas. Enquanto esse novo ser não irrompe nas nossas vidas (natividade tardia), entretenho-me observando a contagem decrescente até ao dia 25. Pinheiros metálicos iluminados à custa do generoso patrocínio de empresas, montras recheadas de trapos, gadgets e quejandos, promoções e promessas de um Natal mais "económico", "fantástico", "luxuoso", "a prestações", "sem juros". Fala-se de "crise" (palavra puta, anda nas mãos, bocas e bolsos de toda a gente). O seu fantasma paira, pesado e bafiento, como uma doença crónica que atrofia os músculos e entorpece o pensamento. Os que a debatem acaloradamente nas mesas dos cafés, enquanto sorvem a bica, são os mesmos que, nas filas do shopping, mordem os lábios e franzem o sobrolho a cada "bip bip" da registadora. Depois de, atordoados, verificarem o valor total correspondente ao amontoado de Barbies, Playstations, Pol...

Barrack Obama SC Victory Speech Jan 26, 2008 - part 2/2

Arte de Roubar

Quero um Ivo Canelas e um Enrique Arce SÓ PARA MIM!!!

Ninguém

Enfado. aborrecimento. Rotina. Silêncio. Luz. Ninguém sabe, ninguém diz, ninguém fala. Paredes meias com a verdade, com o 'sim', com o mundo. Perto de alguém sem rosto, sem corpo, que nunca chega. Perto de um destino, próximo inalcançável. Toco, pontas dos dedos roçam em ti... Que não és. Estúpidas ilusões de infância, estúpidos contos de fadas, estúpidos romances de cordel, estúpida esperança, estúpido encanto. Estúpida alma, estúpidas fadas, e que estúpida, tão estúpida sou eu. Por crer. Acreditar.

The Onion - Dicas Úteis (aguarda-se com expectativa versão portuguesa)

Today Now!: How To Pretend You Give A Shit About The Election

Aj Mclean Drive By Love (live)

O primeiro avanço do álbum a solo de Aj Mclean, "Drive by Love". Enquanto não há video, aqui fica uma actuação ao vivo. Este senhor foi a minha primeira paixão platónica e continua sexy como o caraças! Um verdadeiro animal de palco...

Livre

Dispo o vestido, tiro a maquilhagem. Chega de decotes, de personagens. Já não estou apaixonada. Passou. Já não tenho de fingir ser quem não sou, dizer o que não penso, sorrir-te, satisfazer-te, agradar-te. Eu não era eu, era-o por ti. Esta sou eu: irascível, ruidosa, instável, de chinelos, roupa larga, cabelo revolto, fria, hesitante, um turbilhão. Mudo de canal. Abaixo o rock, viva a Pop! Já não escondo o meu sotaque, as minhas manias, o meu ciúme. Não me fazes tremer, não me quero esconder, não anseio por ti. Falo do que me interessa, e o que me interessa não é isso. Não é esse hedonismo, esse contentamento mascarado de estabilidade, essa rebeldia supérflua. Eu ainda não sou assim, e ainda bem. Não escutarei as tuas lições, as tuas críticas, porque a idade não é um posto e eu quero viver por mim. Já não há encanto no reencontro, não há calor nos beijos, não há ânsia na partida. Apenas uma leve tristeza por já não gostar de ti. Baixei os braços, encolhi os ombros, esta nunca foi a min...

Banda Sonora Para uma Tarde de Fim de Verão

Estelle featuring John Legend - "You Are"

Não há paciência!

- para o pretensiosismo e pseudo-intelectualismo frustrado - para as revistas ditas sérias que enchem páginas e páginas com assuntos cor-de-rosa, mal escritos e pior investigados - para as filas para entrar nas festarolas da moda - para o excesso de bronze, a roçar a queimadura em 2º grau - para o diz-que-disse - para os cambalachos emocionais - para a falta de sexo - para os resorts paradísiacos, explorados por multinacionais, que empobrecem ainda mais as populações locais - para a falta de consciência cívica e política - para a falta de tempo - para a falta de paciência

Perder um amigo

Já perdi conta das vezes que, aqui, escrevi sobre amores, desamores, paixonetas e ilusões do foro sentimental/sexual. Mas, por muito que essas pequenas vicissitudes me aborreçam, me tirem ocasionalmente o sono, nada me faz sentir tão amarga, tão vazia, tão triste como a perda de um amigo. Perdi-o por razões estúpidas, fúteis, por minha culpa e por culpa nenhuma. Por motivos que se perdem no tempo, nas conversas, na falta de comunicação, nos equívocos, no excesso de orgulho. O meu lado racional diz-me que não há motivos válidos para que isto esteja a acontecer, para este silêncio incómodo, para este muro intransponível. O meu coração quer apenas perdão e que tudo volte ao que era dantes. Mas isso não vai acontecer. Invariavelmente, tudo mudará. Perderemos a inocência nas palavras, a espontaneidade, aquela cumplicidade milagrosa que nos unia. Seremos mais uns.

Até ao Fim

Se te amo? O que é o amor quando temos um crédito-habitação a 35 anos? O que importa a paixão, se o tecto que nos abriga a cabeça pertence ao BES? Podes sair por essas ruas imundas, podes beber até cair, podes drogar-te, podes foder essas solteironas histéricas que, ocasionalmente, te dão a volta à cabeça. Podes fazer o que quiseres, desde que eu não saiba. Desde que apenas desconfie. Desde que, às 6 da tarde ou às 6 da manhã, rodes a chave na porta e te deites ao meu lado. Olha-te ao espelho, olha para mim, olha para nós. É isto que queres? Ou não queres saber? Não queres pensar? Ainda bem, nem eu. Vá, vamos de férias! Vamos a um destino tropical da moda, vamos comer sushi, vamos jantar com os nossos amigos. Com a passagem inexorável dos minutos, das horas, dos dias, beberás mais uma imperial, desapertarás mais um botão das calças. A tua barriga crescerá ainda mais, perderás o pouco cabelo que te resta, o brilho no olhar que ainda dá à volta a algumas cabeças ocas. Elas não te conhece...

100º F

Mostra-me a língua e, indolentemente, recosta-se na espreguiçadeira. Sob o sol intenso do final de Junho, naquele recanto escondido do mundo, tudo acontece num compasso próprio. As regras são diferentes, o sangue corre morno nas veias, os pensamentos são interrompidos apenas pelo zumbido das cigarras, pelo murmúrio das ondas e pela chegada à mesa de mais uma imperial. Sorvo um pouco do líquido amarelado e borbulhante, que me refresca a garganta. Sorrio-lhe, com um ligeiro aceno de cabeça, antes de recolocar os óculos de sol, que me protegem desta luz quase equatorial. Na pele tostada pelo sol um tom ocre, de tardes de preguiça, de maresia. As pernas, musculadas e elásticas, repousam ligeiramente flectidas. Mesmo a descansar, parece pronto para arrancar numa corrida desenfreada. “Não faz nada o meu género!”, penso. No entanto, há qualquer coisa naquele homem seco, de andar gingão e olhar pestanudo que me faz adiar o meu regresso. Devia estar a caminho da cidade, para resolver questões d...

Você

Você, meu querido É minha casca de limão Meu cubo de açúcar Meu grão de café Você, meu amor É meu shot de absinto Trufa branca, anis estrelado, chocolate preto Arroz selvagem, pimenta, dendê És tu, amante, perfume do meu paladar Punhado de sal, gota de jindungo, pote de mel Seiva, sumo, tempero, afago, acerto, condimento, refúgio Meu lar.

O meu anarquista

O meu anarquista é um burguês Toca piano e fala francês Numa casa IKEA, caiada e florida, Placidamente, sem força, sem vida O meu anarquista é um burguês, Tem gadgets, Playstations, HD e DVD Um grande LCD dorme na sala Meu doce anarquista, deixas-me sem fala O meu anarquista gosta do que é bom Tudo a condizer, tom sobre tom Como bom burguês, bebe Nespresso On, off, repete o processo Por muito que cuspas No capital É o deus que adoras Do Ano Novo ao Natal Meu doce anarquista Que desilusão Teu real burguês Não compra meu coração

Republica Checa-Portugal 1-3

I'm letting you go

It's an illusion, How can I feel this way? (If I can't have you) It's an illusion Nothing's real this way (If I can't have you) "Climbing the walls"

Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer - Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quere. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora! in "Mensagem", Fernando Pessoa

Verão?

Doce Verão, onde estás? Onde escondes a melancolia dos fins de tarde, os vestidos curtos das mulheres e a desenvoltura dos homens? Onde estão as noites sem fim, os passeios ao luar, a possibilidade de uma nova vida, um novo amor? Para quando as conversas sobre o Tudo e o Nada, sobre Deus, Sexo e Televisão, numa esplanada? Quero ver, Verão, os homens casados nas varandas, imperais na mão, e os solteiros, rindo, bebendo, correndo. Quero os meus calções, a pele corada, a túnica branca rendada, o cabelo penteado pelo sal. Quero-te Verão, porque as minhas velhas botas estão cansadas...
"Bet the consequences of your actions really are just a game Bet your life is just a chain reaction taking you day by day He says 'nothing's forever in this crazy world'..." Que bom não sentir, apenas sentir! Não amar, sem paixão, apenas desejar. Querer, numa torrente cálida de saliva, fluídos, gritos surdos, palavras sem sentido, querer, só. Almejar apenas o baque monótonomo do baixo nos tímpanos, à flor da pele, a batida repetitiva e segura de dias sem história. Que bom não aspirar a nada, e foder com todos sem foder ninguém. Viver, passar, comer, ouvir, dormir, apenas com a leve angústia de um futuro que nunca vai chegar. Um amargo temor de que, à partida, nenhum sonho se concretizará. Mas também esses medos se vão, docemente, à medida que a vodka escorrega pela goela e a visão se turva, tranformando a fealdade, a incerteza, a dúvida, numa névoa, numa melodia, numa batida familiar.

Chris Cornell - She'll Never Be Your Man Live @ MSN

She can be your lover She can be your friend She can be your vision of a mother like the one you never had She will know your troubles better than I can But she'll never be your man She'll never be your man She'll never be your man

"No End In Sight" - Para compreender melhor o Iraque

Este filme, nomeado para um Óscar na categoria de "Melhor Documentário", apresenta, de forma esclarecedora, todos os passos que antecederam a invasão do Iraque pelas tropas norte-americanas e os erros estratégicos cometidos pela administração Bush. Enganem-se os que pensam que este é um documentário de propaganda anti-republicana. São ouvidos os dois lados da história e, honestamente, Michael Moore tem muito a aprender com Charles Ferguson. Aluguem, comprem no Amazon, façam download... mas vejam!

10 tipos de traidor

1 - Traidor filosófico “ A monogamia é um conceito criado pela religião, por uma sociedade opressora dos instintos naturais do ser humano” 2 - Traidor geek “Meu, está tudo controlado! Instalei um chip localizador no telemóvel da Marta, semelhante aos que são utilizados nas pulseiras electrónicas dos prisioneiros em liberdade condicional. O chip está conectado em rede ao meu PDA. Assim que ela entrar numa área num raio de menos de 25 quilómetros da zona onde estou, recebo uma sms de alarme! É infalível!” 3 - Traidor psicopata (para a namorada) “Se me deixares, atiro-me da Ponte 25 de Abril!” (para a amante) “Se me deixares, atiro-me da Ponte Vasco da Gama!” 4 - Traidor indeciso “A minha relação já não é o que era... Estamos juntos há quase 10 anos, já quase não temos sexo. Ela engordou, é insuportável, já não a posso ver à frente! Eu gosto mesmo muito de ti, a sério, mas estou confuso… Ainda por cima, é ela que paga a prestação da casa e do carro… Ai, a minha vida é uma merda, não sei o...

"American Boy" - Estelle featuring Kanye West

Está um dia de merda, chove a potes... Há que resistir à tentação de um post deprimente! :-) "Take me to New York, i'd love to see LA"...

Another Angel

“So what does it matter , who really cares In this river of faces , in this new windy place I will lose all your traces , I'll go and find another angel” “Another Angel” Lizz Wright Às tantas, já nem aqueles rostos que considerava próximos e afáveis me conseguiam fazer sair da modorra, do sentimento opressivo de vazio. Incomodavam-me as conversas ocas, sem sentido, onde apenas se escutavam “eus” autistas. Ninguém falava de nada em particular, e os assuntos despejados à mesa eram apenas uma mera desculpa para cada um falar de si. Como se o facto de passarmos os dias a desmembrar a vida dos outros, a capturar a felicidade e a desgraça de terceiros, criasse em nós uma necessidade violenta de falar. De ouvir a nossa voz, reverberando nos olhos, nos ouvidos, nas bocas uns dos outros. Acreditávamos que, se berrássemos para o vizinho do lado, interrompendo o seu discurso, cortando o seu raciocínio, conseguiríamos perceber o que estávamos a dizer, a sentir. Aquele que, nos primeiros dias, ...

Silly Sunday X

Silly Sunday IX

Silly Sunday VIII

Lindo!!!

Silly Sunday VIII

Silly Sunday VII

Silly Sunday VI

"Don't ever cry" - Croatia 1993 My all time ESC favourite

Silly Sunday V

Silly Sunday IV

Doce - "Bem Bom" (1982)

Silly Sunday III

Silly Sunday II

Silly Sunday - I

Caim e Abel

Caim e Abel

Mercedes SLK. Simplex. Sócrates. O Avião. PJ. Oeiras Parque. Travestis. Pretos. Brasileiros. Brancos. Monhês. Drogados. PJ. Armas brancas. Armas de fogo. Suicídio. Homicídio. Vingança. Traição. Car jacking. Sangue. Medo. Porto. Pidá. Noite. Dia. Medo. Xana. Condomínio. Barracas. Justiça. Sarkozy. Loures. Sacavém. Medo. Cadeados. Ódio. Frio. Rebanho. Utopia. PNR. BE. Libertação. Prisão. Vómito. PIDE. Carmo. Tecnocracia. Securitarismo. Ditadura light. Repressão. Censura. Esquerda. Hipocrisia. Direita. Hipocrisia. Protecção. Abandono. Hospitais. Idosos. Medo. Recibo verde. Prestação. IVA. Racismo.Futebol. Claques. Individualismo. Alienação. Consumismo. El Corte Inglès. Colombo. Contágio. Isolamento. Desconfiança. Lisboa. Paris. Nova Iorque. LA.

TELERURAL

A (pouca) subtileza do humor rural! Estes gajos retratam o país como ninguém! Esqueçam os Gatos, este é que é o humor real!

Sexismo nos Média

Um artigo muito interessante sobre as tendências na cobertura mediática da vida das estrelas... Porque o jornalismo cor-de-rosa também pode ser sério! http://www.nytimes.com/2008/02/17/fashion/17celeb.html?ref=television

Happy Valentine's Day, Motherfuckers!!

Snoop Doggy Dog - "Sensual Seduction"

Obrigada... e um manguito!

Folgo em saber que continuo a ter leitores fiéis, embora sejam poucos (mas bons). No entanto, e apesar de agradecer as vossas visitas ao meu humilde estaminé, não posso deixar de fazer aqui um pequeno reparo. Este blogue, como o seu subtítulo indica, é sobre MIM. EU. As minhas opiniões, os meus devaneios e delírios. Não mando recadinhos a ninguém e os meus posts não são sobre ninguém específico. No entanto, constatei que há quem se ache importante e pense o contrário... Como disse, agradeço a visita mas... FUCK OFF AND GET A LIFE!!! Dica do dia: Usem o ciberespaço com parcimónia e sabedoria, não o encham de tretas sobre a vossa vidinha aborrecida. Se querem ser banais, ao menos façam-no com estilo.

Queens of the Stone Age - Make It Wit Chu

Os teus olhos são esferas de fogo na noite branca, fundindo as minhas entranhas...

Sabedoria made in Itália

Prendi una donna, dille che l'ami scrivile canzoni d'amore mandale rose e poesie dalle anche spremute di cuore falla sempre sentire importante dalle il meglio, del meglio che hai cerca di essere un tenero amante sii sempre presente, risolvile i guai E sta sicuro che ti lasceràchi e' troppo amato amore non da' e sta sicuro che ti lascerà chi meno ama e' il più forte si sa Prendi una donna, trattala male lascia che ti aspetti per ore non farti vivo quando la chiami fallo come fosse un favore fa sentire che e' poco importante dosa bene amore e crudeltà cerca di essere un tenero amante ma fuori dal letto nessuna pietà E allora si vedrai che t'amerà chi e' meno amato più amore ti da' e allora sì vedrai che t'amerà chi meno ama è il più forte si sa Teorema - Herbert Pagani

Raiva em estado puro

Abandonaste-me. Embora longe, física e emocionalmente, trazia, no confim escuro da minha alma, a secreta esperança que caminhávamos pelo mesmo trilho. Que algo de doloroso, inefável, inquebrável, nos unia. Para sempre, ou até ver. Mas... é assim que a vida tem que ser! Senão o que seria do Mundo, das crianças, dos padres, dos bancos, das imobiliárias, das maternidades, dos supermercados... Tu, enfim, tornaste-te um adulto racional e funcional, comme il fault. Um ser equilibrado, de desejos ponderados, que pensa antes de agir, bebe uns copos com os amigos e tem "committed" no hi5 (gargalhada sarcástica). Tornaste-te uma personagem das minhas estórias. Uma caricatura. Parabéns. Desfruta a normalidade. Um dia conta-me como é ser assim. NORMAL. IGUAL.

Smelly cat, smelly cat, it's not your fault...

- Senhor juíz da Pequena Instância Criminal de Lisboa, diga-me: conduzir embriagado é uma coisa extremamente horrível, não é? - É. - Portanto, devia ser proibido? - Exacto. - Mas eu poderia fazê-lo? - Podia. - E o que é que me acontecia? - Nada. - Mas estava a ir contra a lei? - Estava. - E como é que a lei me punia? - De maneira nenhuma (400 euritos, vá, por ser para si). Isto não é um bocadinho incoerente?

This is not America, Monsieur Sarkozy