Fascinação
Os homens fascinam-me. É verdade. E penso que isto não tem apenas a ver com o facto de eu ser mulher / heterossexual / não-frígida. Há algo que me impressiona profundamente nas relações masculinas, algo que me toca quando observo um grupo de homens em convívio. Sinto inveja da forma atabalhoada, mas diplomática como os machos estruturam as suas amizades. As palmadas nas costas, a sua forma "carinhosa" de falar sobre nós (fêmeas). Com o meu historial, por esta altura, deveria odiar toda a raça masculina, todos os seus exemplares existentes à face da terra. Mas não consigo! Se dissesse que os odiava, estaria a ser hipócrita. Tal como a maioria dos homens, eu também adoro descansar o meu olhar em rapazinhos (e homenzinhos) bem torneados, com olhares profundos e interessantes...
Não consigo odiar os homens... porque os adoro! Adoro a forma desarranjada e infantil como convivem . Adoro as conversas que têm, a forma como conseguem viver e conviver à base de assuntos que para nós, mulheres, são atrozmente aborrecidos (carros, desporto, gajas).
Adoro as mãos de um homem, a penugem escura que surge no limiar do punho da camisa. Delicia-me contemplar a barba que adorna o maxilar saliente. Gosto de ver um homem pensar. Apetece-me mergulhar na sua mente e tentar descobrir (e perceber!) o que por lá corre. Em que pensam os homens quando não pensam em mulheres? Como pensam os homens as mulheres?
É difícil ser-se homem?
Os homens são a minha fascinação. Nunca me cansarei deles. Irão intrigar-me. Para sempre.
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