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A mostrar mensagens de março, 2009
Fatal
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Não o consigo tirar da cabeça. É ele, ele e esta tendência fatal para o perigo, o proibido, o interdito. Eu quero o banal, o vulgar, eu quero os becos escuros, eu quero tudo. Não quero a luz solar, quero os holofotes, o som angustiante da noite, o sufoco dos minutos que se esgotam... a impossibilidade.... Eu quero-o... quero-o tanto que dói... mas amanhã já não. Amanhã, ou de manhã, na manhã em que o olharei de outra forma... e outro ocupará o seu lugar. Eu quero-o tanto! O meu corpo arde, aperto na garganta, impaciência, irritação, nervosismo... Eu quero-o, mas no fundo, não quero nada. Quero fugir, e livrar-me dele. De mim. Deus, dá-me um corpo novo, com uma alma nova. Deus, faz-me outra vez, molda-me, desfaz-me, refaz-me. Deus, faz-me bem, faz-me boa. Eu não quero assim... mas só quero assim... Deus, eu quero-o tanto. É o Diabo.
Love Will Tear Us Apart- Joy Division
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When the routine bites hard And ambitions are low And the resentment rides high But emotions wont grow And were changing our ways, Taking different roads Then love, love will tear us apart again Why is the bedroom so cold Turned away on your side? Is my timing that flawed, Our respect run so dry? Yet theres still this appeal That weve kept through our lives Love, love will tear us apart again Do you cry out in your sleep All my failings expose? Get a taste in my mouth As desperation takes hold Is it something so good Just cant function no more? When love, love will tear us apart again
O nosso amigo
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Ele é, como se diz na minha terra, um putanheiro. Mas as gajas fazem fila para se porem debaixo dele. Nem sequer é giro. Tem uma aparência vulgar, não olhava para ele duas vezes se nos cruzássemos na rua. Olhos rasgados e miúdos, lábios finos, cabelo encrespado, corpo franzino. No entanto, há qualquer coisa nele, na forma como fuma a sua cigarrilha irritante e sorve o seu whisky, que atrai, irresistível e fatalmente, o bando de frangas tresloucadas que por aqui circula. Mal casadas, mal fodidas, mal amadas, ou apenas curiosas, todas querem provar um pedaço deste nosso amigo. Querem chupar aquela pila que já correu a maratona, metê-la nas suas conas esfomeadas. Ele é um livro de biblioteca, amarelecido nos cantos, sujo de dedadas, encarquilhado e usado. A sua magia não reside na forma, mas na promessa que encerra o seu interior. A história, mil vezes lida, vivida e repetida, dita em voz alta, soa original, como da primeira vez. O desejo de um amanhã que nunca chegará, a impossibilidade ...