Perder um amigo

Já perdi conta das vezes que, aqui, escrevi sobre amores, desamores, paixonetas e ilusões do foro sentimental/sexual. Mas, por muito que essas pequenas vicissitudes me aborreçam, me tirem ocasionalmente o sono, nada me faz sentir tão amarga, tão vazia, tão triste como a perda de um amigo. Perdi-o por razões estúpidas, fúteis, por minha culpa e por culpa nenhuma. Por motivos que se perdem no tempo, nas conversas, na falta de comunicação, nos equívocos, no excesso de orgulho. O meu lado racional diz-me que não há motivos válidos para que isto esteja a acontecer, para este silêncio incómodo, para este muro intransponível. O meu coração quer apenas perdão e que tudo volte ao que era dantes.
Mas isso não vai acontecer.
Invariavelmente, tudo mudará. Perderemos a inocência nas palavras, a espontaneidade, aquela cumplicidade milagrosa que nos unia.
Seremos mais uns.

Comentários

O Guaxinim disse…
Custa, que eu sei que custa. E quando esse amigo é O Amigo, ainda custa mais.
Sermos mais uns é o que continua a doer.
O Guaxinim disse…
Custa, que eu sei que custa. E quando esse amigo é O Amigo, ainda custa mais.
Sermos mais uns é o que continua a doer.

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