Elsa
Elsa ameaça tornar-se um mito. A primeira mulher-enigma portuguesa do séc. XXI. Uma personagem trágico-cómica das revistas (as cor-de-rosa e as outras), que enche páginas e páginas com a sua cabeleira loira e os seus olhos assombrados de desejo, desespero e hedonismo. Contra o que seria de esperar na nossa sociedade ainda misógina e conservadora, Raposo atrai não só atrai a curiosidade geral como cativa quem vê, lê e ouve.
Ela é o esterótipo de uma certa mulher. A das margens, dos boudoirs, a que se esconde atrás das máscaras de mãe, esposa, empresária. A mulher-camaleão, devoradora de homens, perdida nos confins de um submundo de desventuras sexuais e escândalos.
Mais do que desejada pelos homens, Elsa é invejada e comentada pelas mulheres. A sua história (e as suas estórias) funcionam como catarse para as leitoras / espectadoras. Olham-na como exemplo a não seguir, mas identificam-se com os seus devaneios, cobiçam-lhe a louca liberdade... a mesma que a aprisiona e que, um dia, inevitavelmente, a acabará por matar.
Secretamente, todas as mulheres desejam ter o seu espólio de pilas. Expô-las na parede como Elsa as expõe nos escaparates. Coleccionar homens como quem colecciona sapatos. Em parte, para se libertarem do espectro omnipresente da opressão masculina e da rectidão e seriedade obrigatórias.
Elsa é o nosso maior sonho e o nosso pior pesadelo.
Todos a querem internar, curar, normalizar, catalogar. Elsa, peço-te, continua como és! Salvo-nos da nossa monotonia diária, dos amores enfadonhos e funcionais, dos casamentos felizes e cinzentos e das senhoras perfeitas!!
Ela é o esterótipo de uma certa mulher. A das margens, dos boudoirs, a que se esconde atrás das máscaras de mãe, esposa, empresária. A mulher-camaleão, devoradora de homens, perdida nos confins de um submundo de desventuras sexuais e escândalos.
Mais do que desejada pelos homens, Elsa é invejada e comentada pelas mulheres. A sua história (e as suas estórias) funcionam como catarse para as leitoras / espectadoras. Olham-na como exemplo a não seguir, mas identificam-se com os seus devaneios, cobiçam-lhe a louca liberdade... a mesma que a aprisiona e que, um dia, inevitavelmente, a acabará por matar.
Secretamente, todas as mulheres desejam ter o seu espólio de pilas. Expô-las na parede como Elsa as expõe nos escaparates. Coleccionar homens como quem colecciona sapatos. Em parte, para se libertarem do espectro omnipresente da opressão masculina e da rectidão e seriedade obrigatórias.
Elsa é o nosso maior sonho e o nosso pior pesadelo.
Todos a querem internar, curar, normalizar, catalogar. Elsa, peço-te, continua como és! Salvo-nos da nossa monotonia diária, dos amores enfadonhos e funcionais, dos casamentos felizes e cinzentos e das senhoras perfeitas!!
Comentários
quem é que ainda perde tempo a escrever sobre a elsa raposo...
get a life
Parabéns Mophira.
asratasdesaobento.blogspot.com