A porta fecha-se. Abate-se sobre mim uma torrente de lágrimas fáceis. Não sei ao que vêem, por que caem. O melhor presente de Natal é aquele que nunca se recebeu.
Ficámos suspensos no corpo um do outro, num abraço desajeitado. Sem palavras, sem beijos, aproveitando cada instante para recolher pedacinhos de informação epidérmica, radiações incandescentes, o aroma que resta do perfume das manhãs.
Por instantes, aninho-me na côncava doçura, nessa sinuosa curva que vai desde a comissura da orelha até à linha firme e aveludada do teu pescoço. Ali, naquele recanto esconso, onde o cheiro humano se concentra, onde a paixão nasce, onde o instinto é mais forte.
Inspiro, ganho coragem e parto.
Ficámos suspensos no corpo um do outro, num abraço desajeitado. Sem palavras, sem beijos, aproveitando cada instante para recolher pedacinhos de informação epidérmica, radiações incandescentes, o aroma que resta do perfume das manhãs.
Por instantes, aninho-me na côncava doçura, nessa sinuosa curva que vai desde a comissura da orelha até à linha firme e aveludada do teu pescoço. Ali, naquele recanto esconso, onde o cheiro humano se concentra, onde a paixão nasce, onde o instinto é mais forte.
Inspiro, ganho coragem e parto.
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