Elsa
Elsa ameaça tornar-se um mito. A primeira mulher-enigma portuguesa do séc. XXI. Uma personagem trágico-cómica das revistas (as cor-de-rosa e as outras), que enche páginas e páginas com a sua cabeleira loira e os seus olhos assombrados de desejo, desespero e hedonismo. Contra o que seria de esperar na nossa sociedade ainda misógina e conservadora, Raposo atrai não só atrai a curiosidade geral como cativa quem vê, lê e ouve. Ela é o esterótipo de uma certa mulher. A das margens, dos boudoirs, a que se esconde atrás das máscaras de mãe, esposa, empresária. A mulher-camaleão, devoradora de homens, perdida nos confins de um submundo de desventuras sexuais e escândalos. Mais do que desejada pelos homens, Elsa é invejada e comentada pelas mulheres. A sua história (e as suas estórias) funcionam como catarse para as leitoras / espectadoras. Olham-na como exemplo a não seguir, mas identificam-se com os seus devaneios, cobiçam-lhe a louca liberdade... a mesma que a aprisiona e que, um dia, inevit...