Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2006

Eles... e eu

“ (…) Despeço-me do que mais quero, só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã” Susana Félix, “Flutuo” Eles … e eu. Enfiada, voluntariamente, a um canto. Se me considero diferente? Sim, sou arrogante e presunçosa o suficiente para isso! Se calhar, não sou assim tão diferente. Se calhar, também quero o que eles têm (e eu não). Quero o namorado, ali, certinho, garantido. Giro, mas não demasiado. Que me ofereça flores, que diga que sou bonita e me fite com olhos de carneiro mal morto. Quero o carro, as calças Levi’s (38, no máximo… queria tanto ser uma miúda normal!), as mamas maiores, o rabo mais pequeno. Os fins-de-semana românticos (turismo rural no Alentejo ou no Gerês, muito in !), dormir aconchegadinhos durante a semana (sexo moderado, porque no dia seguinte há trabalho), conversar sobre tudo e sobre nada, passear no shopping , ir para casa às duas da manhã, menear reprovadoramente a cabeça perante solteironas insaciáveis… Eu quero isso tudo… porque não o tenho. É tu...

Quote fo the Day

É agradavelmente surpreedente como, de um livro merdoso ("17 casamentos e um namorado"; Darcy Cosper - uma má história e uma ainda pior tradução), se consegue extrair uma citação fabulosa: " O termo que designa um homem que tem uma mulher adúltera é cornudo . O termo que designa uma mulher com um marido adúltero é esposa "

Dança Comigo

Entra na minha dança. Dança comigo, agarra-me, não me deixes ir, não me deixes aqui sozinha! Pareço-te forte, perspicaz, diferente? É tudo mentira! Não me deixes sozinha... Não aprendi a estar só mas, pensando bem, não suporto a ideia de me partilhar, rotineiramente, com outro alguém. Só assim, episodicamente, durante um período de tempo suficientemente atípico e demarcado, passível de recordação firme, frame a frame. Fotograma a fotograma, eis! Quando é que me viciei nestes anjos tisnados de sol? Não sei. Este, que aqui dorme, silencioso, é diferente? Não. Minutos mais tarde, irá levantar-se, beijar-me na testa e partir. Nada de novo mas, ainda assim, agonizo com o já familiar sufoco no peito. Sensação de perda, carência afectiva, erro continuado. Isso tudo e mais um par de botas. Que se lixe! Porque nada, nada, nada, nada se compara àqueles instantes em que mergulho, bem fundo, nos seus olhos (verde, avelã, há também um vestígio de ciano sujo) e, depois de os ter envolvido, suavement...

Vazio

Só acreditei na inspiração quando a perdi...