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A mostrar mensagens de abril, 2005

Os homens que amei

Os homens que amei… Seres meigos e frágeis Olhos húmidos Corpos de calor Em mim Homens de música Almas da arte Mãos minhas Manhãs de sol Chuva, silêncio, o caos do trânsito Um beijo roubado antes do fim.

Um homem do tempo

A minha primeira reacção quando ouvi o nome "Ratzinger" ecoar pelo aparelho televisivo foi de uma tremenda desilusão. Esperava tudo, menos o óbvio. Não sendo crente, a eleição de Bento XVI não me afecta particularmente. Interessa-me sim saber quem é (porque quem foi, como Cardeal, é já sobejamente comentado) este homem. Tive a oportunidade de ver uma entrevista do (ainda) Cardeal Ratzinger e fiquei impressionada com o discurso calmo deste homem. Tocou-me a sua profunda inteligência e clareza. Do que lhe falta de emoção (e não penso que lha falte.Apenas um pouco de entusiasmo físico), sobra-lhe de clarividência. É um intelectual da Igreja, um pensador, alguém que compreende a dimensão complexa das questões que perpassam os tempos de hoje. Reti na memória uma frase em particular, que revela um humanismo tocante, uma profunda consciência do Mundo enquanto mundo dos homens. "O Homem pertence à temporalidade"
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Benedictvs XVI 

O Modo de Entender o Sofrimento

Porque hoje é Domingo e o primeiro dia depois da morte de João Paulo II, apresento aqui excertos de dois textos (um académico, outro jornalístico) que reflectem sobre a forma como a Igreja Católica trata as questões da dor, do sacrifício e da morte. Os momentos que antecederam a morte de Katol Wojtila, altamente mediatizados, adquiriram um carácter quase canibalista, de excitação quase doentia na contagem dos segundos até ao suspiro final. Numa altura em que se discutem questões prementes como a dignidade do doente e a eutanásia,é importante reflectirmos sobre a desnecessária glorificação do sacrifício e da dor. "(...) o Cristianismo trouxe para a comunidade humana uma nova ordem temporal à qual o apocalipse e o escatológico pertenciam como condição de redenção para o 'outro mundo'. Como viver então num tempo que prega, ao mesmo tempo, o Reino de Deus e o fim da história, neste anúncio imanente do fim do tempo? Como viver no medo do desaparecimento de tudo? Neste clima exa...
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Adeus, Karol 

Morreu o Papa Peregrino

Karol Jozef Wojtyla 1920 - 2005 Se a História da Humanidade fosse escrita apenas numa página, o nome de João Paulo II constaria nos parágrafos iniciais. Durante o seu Pontificado, que durou 26 anos, João Paulo II teve um papel social e político crucial em mudanças mundiais tão importantes como o final da Guerra Fria, a Queda do Muro de Berlim e a oposição à guerra no Iraque. O seu trabalho para a paz e diálogo entre os povos não deixou ninguém indiferente à sua caminhada, mesmo os não-crentes. João Paulo II, conservador em muitas das posições da Instituição da qual era chefe, foi o Papa da globalização, um verdadeiro político, que levou a força da palavra, a tenacidade da liberdade aos quatro cantos do planeta. Foi o Papa da globalização, da era mediática. Foi o único Papa que a minha geração conheceu.
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aaaah... homens...